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Seminário discute genética forense na resolução de crimes

Evento ocorre amanhã (09/08), às 8h30, em auditório da Alepe, e marca 1 ano de existência do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, que possui o maior banco de DNA de condenados pela justiça do Brasil  

20190502_113007.jpgResponsável pelo maior banco de perfis genéticos de condenados pela Justiça do País, Pernambuco conta, atualmente, com um dos maiores percentuais de resolução de crimes do Brasil. Parte desse resultado se deve ao trabalho dos peritos criminais que atuam com análise de DNA, a partir de coletas de amostras deixadas em cenas de crimes. Com o intuito de trocar experiências e discutir o trabalho desenvolvido por esses profissionais, que se tornou uma das formas mais eficazes de definir a participação de alguém em diversos tipos de delitos, a Secretaria de Defesa Social (SDS) promove, nesta sexta-feira (09/08), o I Seminário de Perícia Criminal em Genética Forense de Pernambuco, a partir das 8h30, no Auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O evento marca o primeiro ano da criação do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC), inaugurado em julho do ano passado pelo governador Paulo Câmara, e contará com uma mesa de abertura formada pelo secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua; pela gerente de Polícia Científica, Sandra Santos; pelo gestor do IGFEC, Carlos Souza; além do deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar de Segurança Pública, Érick Lessa. A palestra de abertura será ministrada por Carlos Souza e trará o tema: Evolução histórica da genética forense no Estado de Pernambuco.

“As forças de segurança têm avançado significativamente em tecnologia e ciência para combater a criminalidade. E a perícia criminal, assim como a genética forense, faz parte dessa evolução. Em Pernambuco, temos investido no fortalecimento da Polícia Científica. Só no ano passado, por exemplo, além da inauguração do Instituto de Genética Forense, entregamos unidades regionais de polícia científica em Arcoverde, Nazaré da Mata, Garanhuns, Afogados da Ingazeira, Ouricuri e Salgueiro. Em todas essas cidades, já estão sendo feitas pericias criminais e perícias médico-legais, assim como atendimento especializado a vítimas de crimes sexuais, o que amplia a capacidade das nossas policiais em relação à resolução de crimes”, explica o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

Após a palestra inicial, uma mesa redonda reunirá a administradora do Banco de Perfis Genéticos do Estado de Pernambuco, Juliana Araújo; o gestor da Divisão Especializada em Perícias Patrimoniais, Renato Vianna; o gestor do Grupo Especializado em Perícias de Homicídios, Diego Costa; o delegado da Polícia Civil de Pernambuco, Vinícius Moraes; e o deputado Erick Lessa. Os convidados debaterão o tema: Banco de perfis genéticos de Pernambuco no âmbito da investigação criminal. O evento, que terá entrada gratuita, é voltado para estudantes, policiais e profissionais ligados à área forense. O credenciamento será feito no próprio local do evento, a partir das 8h30.

 “O Instituto de Genética Forense exerce um importante papel no combate à criminalidade, em Pernambuco, realizando perícias altamente especializadas. Por conta disso, o índice de resolução de casos feitos pelo DNA vem crescendo diariamente. É uma ferramenta poderosa, principalmente na resolução de crimes contra as mulheres, como as agressões sexuais. Por isso, temos trabalhado forte com o intuito de reforçar o nosso banco. Hoje, são quase quatro mil perfis de condenados inseridos em nosso banco, além de já termos mais de 12.136 amostras coletadas, o que é bem acima da meta estipulada pela Secretaria Nacional de Segurança Nacional, que era de 11.800”, esclareceu a gerente de Polícia Científica, Sandra Santos.

 

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NOVAS UNIDADES DA POLÍCIA CIENTÍFICA – Criado por decreto estadual e vinculado à Polícia Científica de Pernambuco, o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC) reúne em um único complexo dois laboratórios forenses (de genética e de biologia), uma central de custódia de material biológico relacionado a crimes e, ainda, o banco de perfis genéticos do Estado. Desde 2012, o Laboratório de Genética Forense já funcionava no local, em Jaboatão dos Guararapes, realizando testes de DNA em vestígios relacionados a investigações policiais. A partir da criação do IGFEC, foi possível convocar mais servidores públicos e instalar os demais serviços. Só no ano passado, foram mais 2.290 laudos de DNA liberados para diversos tipos de investigações criminais.

Ainda em 2018, o Governo do Estado fortaleceu a descentralização da Polícia Científica. Assim, foram criadas novas unidades descentralizadas – além das três já existentes no Recife, em Caruaru e Petrolina, em Nazaré da Mata e Palmares, na Zona da Mata; Garanhuns, no Agreste; e Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Ouricuri, Petrolina, e Salgueiro, no Sertão.

Com atendimento especializado para mulheres e crianças vítimas de crime sexuais, esses equipamentos contam com capacidade para realizar perícias criminais (local de crime, drogas, armas, veículos), assim como perícias médico legais em pessoas vivas (traumatológica e/ou sexológica).

Quem também ganhou um novo prédio em 2018 foi o Instituto de Medicina Legal (IML) de Petrolina, no Sertão do São Francisco. A nova sede da unidade, com estrutura ampliada e modernizada, recebeu um investimento de mais de R$ 2,4 milhões para construção do novo prédio, assim como para aquisição de equipamentos, mobiliários e climatização. No novo espaço, foi possível oferecer exames de maior complexidade e agilizar a realização de necropsias e demais serviços.