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Pernambuco encerra 2018 com 26 mil roubos a menos

Ao todo, os crimes contra o patrimônio tiveram uma redução de 21,7% em 2018. Só em dezembro, que teve o menor número de roubos dos últimos três anos e oito meses, a queda foi de 18% em relação ao mesmo período de 2017. Reduções ocorreram em todas as modalidades delitivas e regiões do Estado.

Pernambuco chegou ao fim de 2018 com o menor registro de roubos dos últimos três anos e oito meses. Ao todo, foram 6.653 ocorrências do tipo notificadas no mês de dezembro, o que, em números absolutos, só perde para abril de 2015 (6.125). Dezembro também marca o 16º mês seguido de redução dos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) quando se compara com o mesmo período do ano precedente – a série descendente se inicia em setembro de 2017. Em relação a dezembro de 2017, que registrou 8.116 casos, a queda foi de 18%. Já considerando todo o ano de 2018 (94.356 CVPs), em contraposição a 2017 (120.570), o declínio foi de 21,7% nessa modalidade criminosa, que engloba os assaltos a bancos, ônibus, transeuntes, roubos de cargas, veículos e outras formas de ações violentas visando à subtração de bens. Ou seja, de um ano para outro, um total de 26.214 ações dessa natureza deixaram de acontecer em Pernambuco.

“As forças de segurança trabalharam de forma técnica, integrada e com muita dedicação ao longo de todo o ano, chegando a um saldo de 44 mil pessoas capturadas e retiradas de circulação, sendo 33 mil em flagrante. Foram apreendidas 6.800 armas de fogo e 5,5 mil atuações policiais ocorreram em repressão ao tráfico de drogas, onde está a motivação não apenas dos homicídios, mas também dos roubos para alimentar o consumo ou pagar dívidas. É preciso ressaltar ainda o bom desempenho de operações permanentes desencadeadas em áreas estratégicas, como a Agamenon Magalhães, Boa Viagem e Cerne (Centro do Recife). Pela grande circulação de pessoas e comércio aquecido, são locais visados pelos ladrões. Mas, o policiamento, a pé e com uso de motocicletas, além do trabalho de inteligência policial, possibilitou a queda de 18,3% nos CVPs do Centro do Recife, de 27,7% em Boa Viagem e de 36,9% na extensão da Avenida Agamenon Magalhães. Não há motivo para comemorar, e por isso estamos fazendo um planejamento para avançar mais no combate ao crime e no aumento da segurança para a população”, explica o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

QUEDA EM TODAS AS REGIÕES – A redução foi registrada em todo o Estado, principalmente no Agreste, que notificou a maior queda nos índices. Na região, foram 16.173 CVPs em todo o ano passado, contra 22.095 em 2017, o que representa um decréscimo de 26,8%. Logo em seguida, ficou a Região Metropolitana do Recife (exceto a capital), que teve uma queda de 22,21% (28.197 em 2018, contra 36.249 em 2017). No ano passado, o Sertão somou 5.262 roubos, uma redução de 19,53% quando comparado com 2017, que teve 6.539. Já na Zona da Mata, a queda foi de 17,95% (12.050 contra 14.686).

“Na Região Metropolitana, o município do Cabo de Santo Agostinho, com menor número de CVP em 4 anos, ajudou a alavancar a diminuição dos roubos. No Interior, as Aréas Integradas de Segurança (AIS) de Belo Jardim, Limoeiro, Santa Cruz do Capibaribe Garanhuns e Salgueiro foram determinantes para o recuo das estatísticas”, cita o secretário.

Considerando apenas dezembro de 2018, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o Agreste também liderou o percentual de redução, com -32,71% (saiu de 1.541 para 1.037, ou menos 504 CVPs). A segunda maior queda, na mesma metodologia, veio do Sertão (-22,75%, de 466 para 360), seguido pela RMR (-16,77%, de 2.469 para 2.055) e Zona da Mata (-15,54%, de 1017 para 859).

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CAPITAL – No Recife, o número de roubos caiu 20,31% em todo o ano passado. No total, foram 32.674 ocorrências registradas durante os 12 meses de 2018, contra 41.001 notificadas de janeiro a dezembro de 2017. Levando-se em conta apenas dezembro de 2018 (2.342), a retração foi de 10,71% em relação a dezembro de 2017 (2.623). A diferença chegou a 281 CVPs na Capital no mês do Natal e do Réveillon.

“Em um mês com aumento do turismo, das festas e das compras, nas áreas integradas de segurança (AIS) 2, 3, 4 e 5, com sedes nos bairros do Espinheiro, Boa Viagem, Várzea e Apipucos, respectivamente, a violência retrocedeu aos patamares de 2014”, analisa Pádua.

MENOR NÚMERO DE CELULARES ROUBADOS EM 3 ANOS – O mês passado registrou um total de 2.504 queixas de celulares roubados, o menor número dos últimos 43 meses. Considerando todo o ano de 2018, houve a menor quantidade de roubos e furtos de celulares em três anos. Essa marca também foi 14% menor que dezembro de 2017, com 2.925 registros. Na soma do ano, a redução desse tipo de crime foi de 25%. No total, foram 35.599 casos registrados em 2018, contra 47.746 notificados em 2017.

Ao mesmo tempo, as polícias de Pernambuco vêm aumentando a recuperação de celulares roubados, desde a implantação do programa Alerta Celular. Criado em março de 2017, o sistema de cadastro do IMEI de telefones permitiu que as polícias identificassem 6.269 celulares com registro de roubo desde então. Somente em dezembro, foi possível reaver 513 aparelhos, uma cifra 418% maior do que nesse mês em 2017. Comparando 2017 com 2018, o aumento na recuperação foi de 452%.

ROUBOS A COLETIVOS CAEM 35% – Em 2018, Pernambuco registrou 497 casos de roubos a ônibus a menos que em 2017. Ao todo, foram 914 ocorrências registradas de janeiro a dezembro do ano passado, contra 1.411 notificadas no mesmo período do ano anterior, ou seja, uma redução de 35,2%. Só em dezembro, essa redução foi de 26,5%, caindo de 83 ocorrências registradas em dezembro de 2017 para 61 notificadas no mês passado.

“O ano de 2018 teve as mais baixas estatísticas de assalto a ônibus desde 2015. É resultado do policiamento ostensivo nos principais corredores viários, a partir do mapeamento das áreas de maior incidência, e da prisão dos praticantes dessa que é a modalidade criminosa que mais assusta os trabalhadores, estudantes e cidadãos que diariamente utilizam o transporte público. Em 2018, 271 criminosos foram identificados e capturados pela Força-Tarefa Coletivos, alguns deles envolvidos em diversas ocorrências até serem retirados das ruas”, comenta Antonio de Pádua.

CRIMES CONTRA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS TÊM MENOR NÚMERO DESDE 2010 – As ações de combate aos crimes contra instituições financeiras promovidas pela Força-Tarefa Bancos foram responsáveis pela redução de 24% nas ocorrências consumadas a banco, caixas eletrônicos e carros-fortes, no Estado, no ano de 2018. Ao todo, foram 71 ocorrências registradas nesse período, 22 a menos do que no ano anterior (93). Os outros anos com menores notificações em toda essa série histórica foram 2011 (78), 2012 (79) e 2010 (85). 

No mês passado, foram 6 ocorrências do tipo, em todo o Estado, contra 8 em dezembro de 2017, ou seja, uma queda de 25%. Em todo o ano, a FT Bancos colaborou para a prisão de 59 integrantes de quadrilhas especializadas em investidas a agências.

ROUBO DE VEÍCULOS MANTÉM DECLÍNIO – Os roubos de veículos também permanecem com as taxas em queda no Estado. De janeiro a dezembro do ano passado, 15.475 casos foram reportados à polícia, contra 19.700 em 2017. Em números absolutos, são 4.225 veículos cuja subtração se evitou, o que representa -21,45%. Somente em dezembro, a redução foi de 21,29% (de 1.395 para 1.098).

MENOS CARGAS ROUBADAS E FURTADAS – De janeiro a dezembro de 2018, os roubos de cargas tiveram uma redução de 15% em relação ao ano de 2017. Foram 574 ocorrências, em 2018, contra 673 no anterior. Considerando os casos de furtos, a redução em todo o ano passado, em relação a 2017, foi de 52%. Ou seja, caiu de 106 para 51 casos.