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Presos três acusados de envolvimento em assalto a banco em Bezerros

PMPE e PF detalharam operação que resultou também na apreensão de armas de grosso calibre e outros materiais usados na ação criminosa

 

COLETIVA PM ASSALTANTES BEZERROS 3Em uma resposta rápida e eficiente, policiais militares prenderam, na última quarta-feira (03/04), integrantes de uma quadrilha que havia assaltado a agência da Caixa Econômica de Bezerros, na madrugada de terça-feira (02/04), e apreenderam armas de grosso calibre e outros materiais utilizados na investida. Nesta quinta-feira (04/04), policiais envolvidos na operação reuniram a imprensa no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco, no Derby, para detalhar o trabalho realizado em conjunto com a Polícia Federal (PF).

 

Falaram com os repórteres, o comandante do 1º Batalhão Integrado Especializado (1º BIEsp), tenente coronel Antônio Menezes, responsável pelas capturas; o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente coronel Geovani Nascimento, que deu o primeiro combate à quadrilha;  Giovani Santoro, assessor de imprensa da PF; o diretor da Diretoria Integrada Especializada da PMPE (DIRESP), coronel Fernando Aníbal; e o diretor adjunto da DIRESP, coronel Ely Jobson.

 

O comandante do 4º BPM contou que uma viatura que fazia rondas em Bezerros se deslocou para a agência no momento em que se deu o assalto, mas como a ação dos bandidos foi muito rápida, durou não mais que cinco minutos, já não os encontrou no banco. Foi feito o acompanhamento, mas grampos colocados no caminho impediram o efetivo de prosseguir. De imediato foi dado o alarme geral a todas as viaturas espalhadas na região, que trataram de fechar as rotas de fuga e passaram a seguir pistas repassadas pela sociedade.

 

Uma dessas informações colhidas pelo efetivo levou o BIEsp até o Sítio Muricy, na zona rural de Caruaru. Ao chegar ao local, o efetivo desceu das viaturas e fez a aproximação a pé até a casa dos suspeitos. No caminho, um dos policiais notou o chão remexido e ao chegar encontrou um tonel enterrado com fuzis usados no ataque. Na casa, mãe e filho se entregaram sem reagir, informando que não tinham ligação com o crime.

 

No entanto, um outro filho da mulher presa foi localizado em Gravatá, e revelou que estava guardando o material para a quadrilha, para receber R$ 3 mil. Com a ajuda de um cão de faro, outro tonel foi encontrado com grampos e outros materiais usados pela quadrilha. Em um veículo, a polícia encontrou explosivos e mais armas, também utilizados em investidas contra instituições bancárias. Para o comandante do 1º BIEsp, a apreensão foi significativa. “Esse tipo de material é usado por mais de uma quadrilha, que ficaram bem mais desarmadas agora. Por isso, acreditamos em uma redução maior no número de ataques dessa natureza”, avaliou o tenente coronel Menezes.

 

COLETIVA PM ASSALTANTES BEZERROS 2Ao todo, com o grupo foram apreendidos quatro fuzis 556, dois fuzis 762, uma pistola ponto 380, uma pistola 9mm, dez carregadores de fuzil, 45 munições 9mm, dez munições calibre 12, 106 munições 556, 34 munições 762, quatro carregadores de pistola, seis coletes balísticos, 25 kg de grampos, 12 rojões, dois rádios comunicadores, duas baterias de 12 volts, 12 artefatos explosivos, uma caminhonete Hilux blindada, uma caminhonete Frontier e um automóvel Pajero.

 

Ao realizar as prisões e apreensões, a PM acionou as polícias Federal e Civil, para participarem das investigações, perícias e buscas, a fim de dar robustez às provas contra os detidos e ajudar na localização dos demais membros da quadrilha que ainda não foram encontrados. O assessor de imprensa da PF destacou a importância do trabalho da PM. “Foi uma baixa grande na estrutura dessas quadrihas”, comentou Santoro, sem adiantar os próximos passos, para não prejudicar o andamento das investigações.

 

O diretor da DIRESP lembrou que havia três meses não acontecia um assalto desta modalidade no Agreste, e a resposta dada pela PM foi “um recado duro para quem pensar em cometer crimes no Estado, seja contra agências bancárias ou qualquer outra atividade criminal. O coronel Aníbal destacou ainda a efetiva influência das atividades da Força-Tarefa Bancos, da Secretaria de Defesa Social (SDS), nesse processo.

 

Integrada pelas polícias Civil, Militar, Científica e representantes dos bancos, entre outros órgãos, a FT Bancos da SDS tem obtido resultados importantes na redução das investidas a instituições financeiras. Desde sua criação, no ano de 2017, já soma 175 prisões. Suas ações de combate aos crimes contra instituições financeiras foram responsáveis pela redução em 67% nessas ocorrências nos primeiros dois meses de 2019, comparando-se com igual período em 2018.