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DRACO INAUGURA SEDE PRÓPRIA E JÁ DEFLAGRA PRIMEIRAS OPERAÇÕES

Draco inaugura sede própria e já deflagra primeiras operações

 

Com 168 policiais e a unificação de três núcleos de inteligência, o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado passa a funcionar em prédio que abriga seis delegacias, no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, e já desencadeou a segunda operação em uma semana

A sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) abriu as portas nesta segunda-feira (10/12), apenas um mês após a sanção da lei que criou sua estrutura na Polícia Civil de Pernambuco e um dia após o Dia Internacional contra a Corrupção. Funcionando no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, o Draco transferiu quatro de suas seis delegacias especializadas para o novo prédio, integrando os trabalhos de investigação de casos de corrupção. Em uma semana, o departamento já desencadeou duas operações de repressão qualificada, a Octanagem e a Chaminé II, que desarticularam organizações criminosas que praticavam, respectivamente, sonegação de impostos e fraudes em licitações.

Durante a solenidade de inauguração do edifício do Draco, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antonio de Pádua, ressaltou o caráter de institucionalização e aperfeiçoamento do combate à corrupção pelo estado de Pernambuco trazido pelo novo departamento – criado para fortalecer a repressão aos crimes que lesam o erário e a administração pública. “Pernambuco tinha apenas uma delegacia que combatesse crimes apenas contra bens e serviços públicos, mas não uma delegacia especializada em corrupção. Era preciso dar um passo adiante, um projeto que já estava sendo gestado na Polícia Civil desde 2013. A corrupção é um flagelo que direta e indiretamente contribui para o aumento da violência no país, portanto era necessário consolidar uma estrutura maior para esse trabalho. Assim, com muita coragem, o governador do Estado de Pernambuco encaminhou à Assembleia o projeto de lei estadual que criou o Draco”, reiterou.

Criado Lei Estadual nº 16.455/2018 para robustecer o trabalho de combate à corrupção em Pernambuco, o Draco aglutina, em um só departamento, as Delegacias de Crimes contra a Ordem Tributária (Deccot), de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRICI) e de Polícia Interestadual e Capturas (Polinter), além do Grupo de Operações Especiais (GOE) e das antigas Delegacias de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) e de Crimes contra a Propriedade Imaterial (Deprim). Essas duas últimas deram lugar à 1ª e à 2ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime Organizado (DPRCO), que concentrarão suas atividades visando, respectivamente, à Região Metropolitana do Recife e ao interior. Localizada na Avenida Liberdade, 364, bairro de Tejipió, a sede do Draco conta com três pavimentos, 15 salas de trabalho, 14 salas de custódia, oito banheiros, acesso principal e acesso operacional.

De 21 policiais que atuavam na antiga Decasp, agora o Draco conta com 168 policiais, triplicando o quatro do serviço de inteligência, que passa de 12 para 36 policiais. Apenas a Deccot e o GOE continuarão em suas atuais sedes, devido às especificidades de suas ações. No GOE, especificamente, há a incumbência de investigar casos que envolvam corrupção praticada por policiais.

Mas a expansão dessa estrutura já está planejada para os próximos três anos. Em 2019, haverá a criação de mais duas delegacias de combate à corrupção, uma para Zona da Mata e Agreste e outra para o Sertão. Em 2020, mais duas unidades serão abertas para beneficiar o interior, com outras duas previstas para abrir em 2021. Assim, o planejamento final é chegar, em 2021, com um total de oito delegacias especializadas nessa atividade em todo o Estado.

O trabalho do Draco dispõe, ainda, do apoio de um Laboratório de Lavagem de Dinheiro, que procede a análise de transações financeiras irregulares. Da mesma maneira, prevê uma atuação integrada com outros órgãos de combate à corrupção, como o Ministério Público Estadual e Federal, a Polícia Federal, os Tribunais de Contas do Estado e da União, Controladoria Geral da União e a Receita Federal. Não adianta só prender e soltar em seguida.

Na cerimônia que antecedeu o descerramento da placa de inauguração da sede do Draco, o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kerhle do Amaral, destacou que o estabelecimento dessa unidade contribui decisivamente para a defesa das instituições públicas, fortalecendo o Estado Democrático de Direito. “O Draco será o antídoto para a prevenção e repressão aos crimes atentatórios à probidade pública, cujo combate se encontra na agenda de todas as sociedades modernas, pois é inegável que tais delitos constituem um tema central para todos que se preocupam com os destinos do nosso país. A corrupção praticada por agentes públicos e privados que obtenham de forma ilícita vantagens patrimoniais para si ou para terceiros, em prejuízo do bem comum, encontrarão no Draco a resistência que lhes faltava”, salientou.

Com o Draco, Pernambuco segue o exemplo de estados que fortaleceram a estrutura de suas polícias com departamentos para sufocar a corrupção, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Bahia. “Este departamento é um ganho para a sociedade pernambucana. A Polícia Civil de Pernambuco comemora o Dia Internacional de Combate à Corrupção, lembrado em 9 de dezembro, com a inauguração da sede de um departamento que fortalece essa agenda. E também, na manha de hoje, desencadeia uma operação contra a corrupção, mostrando o compromisso da Polícia Civil e do Governo do Estado com a sociedade pernambucana”, realçou a diretora do Draco, delegada Sylvana Lellis.

Estiveram presentes à solenidade, além do secretário titular da SDS, do chefe da Polícia Civil e da diretora do Draco, o secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Marcos Baptista; o secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire, e o secretário executivo de Gestão Integrada da SDS, Carlos Júnior; a Corregedora Geral da SDS, Carla Patrícia Cunha; o presidente e o vice-presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputados Eriberto Medeiros e Pastor Cleiton Collins; o comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, coronel Manoel Cunha; o promotor de justiça Luís Sávio Loureiro, representando o Ministério Público Estadual; e os deputados estaduais Clodoaldo Magalhães e Jadeval de Lima.