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Análise Balística: Pernambuco é o 1º estado do Nordeste a ter resultado interestadual confirmado 

 

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Com mais de 100 análises já realizadas no Estado, a tecnologia avançada permite a comparação de diversos tipos de elementos balísticos provindos de cenas de crimes

No mês de setembro, a Polícia Científica de Pernambuco tornou-se a primeira corporação do Nordeste a ter um resultado de compatibilidade balística interestadual. O resultado veio após a confirmação que uma arma utilizada em um roubo no Recife, no mês de julho, apresentou compatibilidade com uma arma usada em um crime de latrocínio na Paraíba, que aconteceu no último mês de maio. Esta identificação só foi possível graças ao Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab).

A alta tecnologia do Sinab tem reforçado o trabalho da perícia pernambucana em análise balística, aumentando a produção de material de inteligência, que tem como principal objetivo a análise e comparação dos diversos tipos de elementos balísticos coletados em cenas de crimes pelo país. Isto facilita a elucidação de casos estaduais e interestaduais. 

O Banco Nacional de Perfis Balísticos permite que peritos de diferentes localidades tenham acesso e cadastrem padrões de disparos de armas, para que assim, corporações de todo o Brasil possam comparar laudos referentes a projéteis (parte da frente da munição) e estojos (parte dianteira da munição, que é descartada pela arma após o disparo). E, caso o laudo aponte semelhança entre os padrões de um projétil ou estojo coletado a um laudo de outro crime já cadastrado no sistema, há um match (do inglês, correspondência) na investigação.

“A partir do momento que cruzamos essas informações no sistema, ele vai indicar se aquela arma já pode ter sido usada em outros crimes, seja dentro ou fora do Estado. É a partir dessa compatibilidade que o perito vai verificar se os padrões são de fato iguais”, explica Ramon Bezerra de Souza, chefe do setor de Balística do Instituto de Criminalística de Pernambuco. “Com o sistema, os peritos não precisam ter a arma em mãos, já que a análise é feita pelos padrões balísticos”, completa Ramon.

Os padrões balísticos são como “impressões digitais” deixados a cada disparo, ou seja, são aspectos microscópicos sempre iguais que ficam como rachaduras e arranhões, por exemplo. E são essas marcas que identificam o padrão de disparo que cada arma possui. É neste momento, que um perito criminal, com treinamento específico, analisa todos os resultados e, caso faça alguma ligação, os projéteis e estojos utilizados para gerar os perfis ligados, são analisados fisicamente em um Microcomparador Óptico. Tendo essa correlação confirmada, é produzido um laudo que é encaminhado para a delegacia responsável pelo encaminhamento da arma e para a delegacia encarregada pela investigação.