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Pernambuco implanta Laboratório de Balística Forense

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Em Brasília, hoje, estão sendo definidos critérios para preenchimento da base de dados, que objetiva conhecer a origem das armas e projéteis, além de estabelecer ligação entre instrumentos utilizados em diferentes crimes. Já são 150 perfis já coletados em Pernambuco nos primeiros dias. Outros quatro estados e a PF integram projeto-piloto

 

Pernambuco sai na frente e estará entre os primeiros estados do Brasil a alimentar o Banco Nacional de Perfis Balísticos. Isso porque em Brasília, nesta terça-feira (22/03), na sede do Instituto Nacional de Criminalística, em encontro envolvendo peritos criminais de todas as regiões do país, está sendo aprovado manual de procedimentos para preenchimento do banco. Neste mês de março, o Instituto de Criminalística (IC) implantou um laboratório com Sistema de Identificação Balística e, ao todo, 150 perfis de munições e armas já foram coletados.

 

“A nossa expectativa é, tão logo possamos alimentar o banco, com o manual que define as informações e as características dos projéteis a serem colocadas na base de dados, tenhamos match, ou seja, possamos conhecer se uma determinada arma, definida a partir do escaneamento da munição, possa ter sido utilizada em mais de um crime, assim como a procedência da arma, se de origem legal ou não, uma vez que faremos cadastro de modelo, calibre e número de série dos equipamentos apreendidos pelas polícias. O banco de balística terá uma função semelhante ao Banco de Genética forense, ao indicar autores a partir do que for coletado nos locais de crimes ou corpos de vítimas, em perícias no IML. E, assim como ocorreu com os perfis genéticos, temos a confiança de termos, em breve, o maior banco entre todos os estados, uma vez que já temos um SIB e estamos adquirindo mais dois, com expectativa de implantação neste semestre, sendo mais um para a RMR e outro para Caruaru, beneficiando Agreste e Sertão”, explica, de Brasília, o perito criminal João César Ferreira, administrador estadual do Banco Nacional de Balística Forense.

 

Uma SIB conta com computador, impressora e uma máquina para fazer um escaneamento de munições e armas. A estruturação da Balística Forense em Pernambuco conta com investimento de R$ 6,7 milhões. “Uma vantagem é que nossos profissionais já estão capacitados na nova tecnologia e integrados ao Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab), implantado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Atualmente, somente Pernambuco e mais quadro estados (Espírito Santo, Goiás, Pará e Paraná), além da Polícia Federal, estão nesse projeto. O ganho maior será robustecer e obter prova material nas investigações em áreas de grande impacto nos crimes contra vida e patrimoniais: os grupos especializados em homicídios, roubos a instituições financeiras e o tráfico de drogas”, explica Daniel Pires, perito criminal e chefe do setor de Balística Forense do IC de Pernambuco.

 

Outros investimentos na Polícia Científica estão ocorrendo, fortalecendo a ciência no combate à criminalidade. No começo de abril, está prevista a inauguração do IML para perícias tanatoscópicas no Complexo de Polícia Científica de Palmares. Dessa forma, os corpos poderão ser periciados na região, sem necessidade de deslocamento para o Recife ou Caruaru.

 

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Fotos: Élvano Nazir/SDS