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Roubos caem pelo 3º mês seguido e ficam no menor patamar da série histórica

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Roubos caem pelo 3º mês seguido e ficam no menor patamar da série histórica

As reduções nas investidas a coletivos (-19,23%), cargas (-15%), subtração de celulares (-13,9%) e nenhum roubo a instituições bancárias colaboraram para a retração nos crimes patrimoniais. Esse cenário foi verificado em todas as regiões de Pernambuco. Feminicídios e homicídios de mulheres tiveram declínio de 50% e 20,8%, respectivamente. Operações programadas até o final de 2022 aumentará efetivo policial nas ruas

 

Outubro de 2022 consolidou a queda nos roubos em Pernambuco. Esse foi o terceiro mês consecutivo em que as diversas modalidades de Crimes Violentos Patrimoniais (CVPs) reduziram, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Vale ressaltar que, na série histórica das estatísticas criminais no Estado, 2021 já havia sido o ano com a menor taxa de roubos por 100 habitantes desde 2004. Com 3.694 ocorrências registradas, outubro passado foi o que alcançou o menor patamar em 18 outubros existentes na linha do tempo, iniciada em 2005 (ver números completos abaixo). Em comparação aos 4.240 do décimo mês de 2021, a retração foi de 12,88%. No somatório deste ano, foram 1.051 queixas a menos em relação ao mesmo período anterior. Contribuíram para esse resultado a diminuição de 19,23% nos assaltos a ônibus e nenhuma investida consumada a instituições financeiras e transportadoras de valores.

“A eficiência da prevenção e repressão aos roubos estão diretamente ligadas à sensação de segurança e à qualidade de vida da população, porque permite a tranquilidade na circulação nas vias públicas, no aproveitamento dos espaços de lazer e convivência, na ida e vinda para o trabalho, na atividade comercial, entre outras. Os resultados mostram que a nomeação de mais de 1.600 profissionais em 2022, entre policiais militares, civis, científicos e bombeiros militares, tem feito a diferença. Também é preciso ressaltar os avanços conquistados pelas forças-tarefas Coletivos, Cargas e Bancos, que possibilitaram nova musculatura e otimização de esforços na repressão de grupos criminosos com atuação específica. E, para este final de ano, temos perspectivas de reforço no policiamento, com efetivo extra empregado nas operações Têxtil, Verão, Papai Noel e Ano Novo”, antecipa o secretário de Defesa Social, Humberto Freire.

TODAS AS REGIÕES COM MENOS ROUBOS - Em outubro de 2022, todas as regiões do Estado apresentaram redução nos crimes patrimoniais. A maior queda foi no Sertão com -39,36% de roubos, saindo de 282 (2021) para 171 (2022) registros. Em seguida, veio a Região Metropolitana com -15,23%, caindo de 1.280 (2021) para 1.085 (2022) roubos. A Zona da Mata registrou -14,36% denúncias, com 362 crimes em 2021 e 310 em 2022. A variação no Recife foi de -9,15% com 1.595 boletins de ocorrência em 2021 e 1.449 em 2022. E, por fim, o Agreste marcou -5,83% nos crimes de roubo, saindo de 721 (2021) para 679 (2022).

TRANSPORTE PÚBLICO MAIS SEGURO - Os indicadores de roubo a ônibus marcam uma redução de 19,23% no mês de outubro, com 21 ocorrências. O que significa dizer que houve dias do mês sem roubos a ônibus. Estatisticamente a média é de 0,68 roubos por dia. Em outubro de 2021 foram registradas 26 ocorrências. Já no acumulado do ano, a retração é de 16,95%, caindo de 466 para 367 roubos a ônibus.

NENHUMA INVESTIDA A BANCOS E CARROS-FORTES - Não houve registro de investidas contra instituições financeiras no mês de outubro deste ano, o que significa dizer que houve uma redução de 100%, já que no ano passado foi registrada uma ocorrência no mês. A retração no acumulado do ano é de 45%, saindo de 11 casos em 2021 para 6 em 2022.

RETRAÇÃO DE 15% NOS ROUBOS DE CARGA - Os roubos de carga apresentaram uma redução de 15% em outubro, saindo de 26 registros (2021) para 22 (2022). No acumulado do ano, o percentual é de -10,7%, com 307 denúncias em 2021 e 274 em 2022.

ROUBO DE CELULARES TEM RETRAÇÃO DE 13,9% - As estatísticas de roubo de celulares apontaram retração tanto no décimo mês do ano como no acumulado. Em outubro, houve uma redução de 13,9% no número de aparelhos roubados quando comparado ao período anterior. Em 2021, foram 2.502 subtrações e, em 2022, foram 2.155 denúncias. De janeiro a outubro, comparando 2021 e 2022, os roubos caíram de 24.652 para 23.638, uma retração de 4,1%. Por meio do Programa Alerta Celular da SDS, as forças de segurança recuperaram 9.405 celulares este ano.

FEMINICÍDIOS TÊM QUEDA DE 50% - Outubro de 2022 foi o segundo mês consecutivo de retração nos homicídios de mulheres motivados pela questão de gênero. E a redução foi bastante significativa no estado: 50%. Ou seja, saiu de 8 casos em outubro de 2021 para 4 no mesmo mês de 2022. No acumulado de janeiro a outubro, a retração é de 21,1%, caindo de 76 (2021) para 60 crimes (2022).

Quando consideramos todos os tipos de assassinato de mulheres, independentemente da motivação, a tendência de diminuição se manteve tanto para o mês de outubro quanto para o acumulado do ano. No mês passado, houve redução de 20,8% (19 ocorrências, contra 24 no décimo mês de 2021). No acumulado dos primeiro meses de cada ano, o recuo foi de 9% (de 211, ano passado, para 192 mortes, este ano).

Se menos mulheres estão morrendo, mais denúncias de estupros e violência doméstica e familiar estão chegando à Polícia Civil. No mês de outubro, os casos de violência doméstica saíram de 3.790, em 2021, para 4.184, em 2022,  representando um aumento de 10,40%. Com isso, o impacto no acumulado nos dez meses em relação a esse tipo de crime é de 3,11%, saindo de 34.542 casos no ano passado para 35.615 neste ano. Ainda no recorte de outubro, o crime de estupro apresentou um aumento de 6,07%, saindo de 214 em outubro de 2021 para 227 no mês passado. No acumulado do ano, os indicadores marcam uma variação de -2,33%, com 2.186 crimes de janeiro a outubro do ano passado e 2.135 no mesmo período deste ano.

PANORAMA DOS HOMICÍDIOS EM 2022 - Após três meses de queda consecutiva, os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) apresentaram variação de 12,1% no mês de outubro e de 2,7% no acumulado do ano. Em números absolutos, foram 265 homicídios em outubro de 2021 e 297 no mesmo mês de 2022. No acumulado dos primeiros dez meses, foram computadas 2.764 mortes violentas no ano passado e 2.838 em 2022.

No mês de outubro, a Região Metropolitana foi a que teve o menor indicador percentual na variação dos homicídios, com 3,95%, saindo de 76 (2021) para 79 (2022) crimes. A Zona da Mata variou de 52 (2021) para 55 (2022) registros, ou seja, 5,77%. O Sertão teve alteração de 12,9%, com 31 mortes violentas em 2021 e 35 em 2022. O Recife, com 16,67%, saiu de 42 (2021) para 49 (2022) CVLIs. E o Agreste variou 23,44% com 64 (2021) e 79 (2022) CVLIs.

No acumulado de 2022, o panorama dos homicídios está bem próximo ao de 2021, ano com a menor taxa de crimes contra a vida de toda a série histórica das estatísticas criminais. De janeiro a outubro deste ano, foram praticados 2.836 CVLIs, contra 2.764 no mesmo período de 2021, representando um aumento de 2,68%.

“Já mapeamos as áreas onde houve aquecimento das manchas criminais no mês de outubro, e estamos concentrando esforços nesses territórios para retomarmos o declínio dessa que é a mais grave prática criminosa, pois, além da vida da vítima, traz enorme sofrimento para familiares e entes próximos. Embora saibamos que grande parte desses homicídios tem como motivação a disputa pelo tráfico de drogas, e que as vítimas de seus algozes têm passagem pelo sistema de justiça criminal, o objetivo maior do Pacto pela Vida é proteger as pessoas, e buscar sua ressocialização. Nesse sentido, continuaremos trabalhando sem descanso e, pelas operações já deflagradas e o efetivo que será colocado nas ruas até o final do ano, temos a confiança de fazer de 2022 no ano com as menores taxas de roubos e homicídios da série histórica”, avaliou Humberto Freire.

 

Série histórica dos roubos registrados em todos os outubros entre 2005-2022

2005 - 4.398

2006 - 4.393

2007 - 5.543

2008 - 5.563

2009 - 4.443

2010 - 4.152

2011 - 4.436

2012 - 4.123

2013 - 4.491

2014 - 5.851

2015 - 7.647

2016 - 10.080

2017 - 8.988

2018 - 7.273

2019 - 6.174

2020 - 3.964

2021 - 4.240

2022 - 3.694

 

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