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A contagem preliminar de homicídios fechou o ano de 2008 com 78 vítimas a menos do que em 2007. Ao todo, foram contabilizadas 4.514 vítimas de crimes violentos letais intencionais (CVLI), contra 4.592 no ano anterior. Em números relativos, isso se traduz em uma redução de 2,8% na taxa de CVLI, que caiu pelo segundo ano consecutivo.

De 2006 para 2007, a queda foi de 55,1 para 54,0 óbitos por cada grupo de 100.000 habitantes (-2%). Já em 2008 a taxa ficou em 52,5 óbitos por 100.000 habitantes. Com isso, confirma-se a tendência de reversão da curva de violência observada a partir de 2007, que vinha aumentando 4,1% ao ano, em média, entre 2004 e 2006.

Desde 2003, quando começou a ser registrada a série histórica sobre homicídios no Sistema Infopol, 2008 foi o único ano no qual foram verificadas menos de 400 mortes por mês nos 12 meses. Em dezembro passado, por exemplo, foram contabilizadas 378 mortes violentas, o que supõe uma redução de 7,8% na taxa mensal com relação ao mesmo período de 2007, quando morreram 410 pessoas violentamente e de modo intencional.

Entre as mulheres, após a importante queda atingida no ano passado (-14,1% na taxa), os dados atuais indicam uma estabilização do indicador de violência letal contra o gênero feminino. Em 2008 foram 279 mulheres mortas, duas a mais do que em 2007. Mas, registra-se leve queda na taxa por 100.000 mulheres (-0,4%), por conta do aumento populacional, em geral.

O indicador CVLI contempla o homicídio doloso, o latrocínio e a lesão corporal seguida de morte. De acordo com a Gerência de Análise Criminal e Estatística da SDS (GACE) os dados de dezembro de 2008 ainda são preliminares até o 15º dia do mês seguinte, quando deverá aprontar a consolidação das informações.

No tocante aos crimes violentos contra o patrimônio (CVP), responsáveis em grande parte pela sensação de insegurança, verifica-se uma importante queda no número de queixas registradas nas delegacias pelos delitos de roubo, extorsão mediante seqüestro e seqüestro relâmpago (roubo/extorsão com restrição da liberdade da vítima).

No conjunto da Capital e Região Metropolitana, onde todas as delegacias estão informatizadas, a taxa de CVP caiu 14,1%, despencando da casa das 1.693 vítimas por 100.000 habitantes, em 2007, para 1.453 vítimas/100.000, em 2008. Isso significa que foram registradas 8.075 vítimas a menos por estes delitos do que no ano anterior. No Recife, a redução foi de 12,0%, enquanto que, na Região Metropolitana, de 17,2%.

 

Uma redução paralela também foi aferida nos registros de furtos (sem violência). Na Região Metropolitana do Recife, o registro deste delito contra o patrimônio experimentou uma retração de 11,4% entre 2007 e 2008, caindo de 1.033 para 915 o número de pessoas furtadas por cada grupo de 100.000 habitantes. Na Capital, a redução foi de 12,3%. Já no grande Recife, foi de 9,7%.

De acordo com o Secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, os registros de furtos e de crimes violentos contra o patrimônio são os mais baixos dos últimos cinco anos, desde que existem dados confiáveis a respeito na RMR, nos últimos dois anos. E coincidem com a implantação do novo modelo de gestão, implantado pelo Plano Estadual de Segurança Pública – Pacto Pela Vida. "Além do investimento maciço do Governo de Eduardo Campos em viaturas, pessoal, formação e capacitação, reformas de delegacias, e principalmente as ações de prevenção social do crime e da violência." finaliza Servilho Paiva.