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No total foram 381 mortes, 28 a menos do que em fevereiro de 2007, quando foram registrados 409 óbitos violentos intencionais. Se levarmos em consideração o aumento populacional essa queda de 6,8% é mais expressiva. O documento também analisa a taxa de CVLI, e conclui que o montante de mortes diminuiu de 4,82 vítimas por 100.000 habitantes em 2007 para 4,45/100.000 em 2008: uma redução de 7,8%.
 
Após o Pacto Pela Vida, o número de vítimas de CVLI foi de 3.671. Enquanto no período de comparação foram 3.923 mortes: uma diferença de 252 óbitos a menos. Em termos relativos, a taxa acumulada no período do Pacto foi de 43,03 vítimas por 100.000 habitantes. Já no período anterior, foram 46,48 vítimas por 100.000. Ou seja, a redução na taxa acumulada se manteve no mesmo patamar alcançado em janeiro passado: -7,42%. Vale salientar que fevereiro foi o oitavo mês após o lançamento do Pacto (maio/07) em que a taxa de CVLI foi menor do que um ano atrás. Os meses que registraram maior redução percentual na taxa de CVLI foram novembro de 2007 (-18,2%) e janeiro de 2008 (-17,5%).
 
A queda registrada em fevereiro (-7,8%) não foi maior porque esse ano foi bissexto. De acordo com o Gerente de Análise Criminal e Estatística da SDS, Gerard Sauret, nesse caso é importante ressaltar a média diária de vítimas de CVLI. Assim, em fevereiro de 2008 (com 29 dias) foram 13,14 mortes diárias, enquanto em fevereiro do ano anterior (com 28 dias) foram 14,61. Nesse caso a redução demonstra-se ainda maior: -10,1%.
 
Para o Secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, os números de homicídios ainda são elevados, porém, as reduções são significativas. "A redução nas taxas de CVLI mostra que estamos no caminho certo", afirma. "Estes decréscimos nos percentuais dos homicídios se devem a um conjunto de ações realizadas pelo Governo do Estado em apenas um ano e dois meses", acrescenta.
 
A criação de uma inteligência integrada em uma única central com participação da Polícia Militar, Civil, Bombeiros e da Secretaria de Ressocialização, é uma das ações citadas pelo secretário como meta contida no Pacto pela Vida e realizada pela SDS. Além do incremento de 330 viaturas na RMR, mais 844 policiais militares nas ruas da capital, desarticulação de Grupos de Extermínio, fortalecimento da Corregedoria, dentre outras.
 
A base de dados consultada pela GACE para a elaboração do relatório é a de Crimes Letais Intencionais (CLI), dentro do Sistema de informações policiais (INFOPOL). Nela, a SDS registra todos os casos de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, após o cruzamento e depuração de informações provenientes da Polícia Civil, Institutos de Medicina Legal (Recife, Caruaru e Petrolina), Polícia Militar e Instituto de Criminalística.
 
O Secretário Servilho disse que esse é um trabalho exemplar, único na sua espécie no Brasil, e que permitiu superar as discrepâncias históricas que se vivenciavam, em Pernambuco, em torno dos números de homicídios. "Agora há consenso e o indicador está legitimado socialmente, diferente de anos anteriores, onde os números de homicídios não batiam, pois cada órgão divulgava uma estatística diferente", relembra.
 
Quanto aos territórios de Segurança Pública analisados pela GACE, considerando ainda o período de maio/06 a fevereiro/07 (antes do Pacto), em relação a maio/07 a fev/08 (Pacto pela Vida), observa-se redução nas taxas de CVLI em todos eles.O território do Agreste foi o que apresentou uma maior queda na taxa (-11,0%), resultando em 66 óbitos a menos. No Sertão, a redução foi de 8,2% (32 vítimas a menos). Já na Região Metropolitana, onde a população é bem maior, o indicador diminuiu 7,9% (84 vítimas a menos) e na Capital, -6,8% (53 a menos). Apenas o território da Mata praticamente manteve inalterados os seus patamares de violência (-0,02%).
 
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