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O treinamento realizado pela Gerência Geral de Polícia Científica contou com a presença de profissionais do IC, IML, IGF e IITB.

Na tarde desta quinta-feira (27/12), a Gerência Geral de Polícia Científica realizou um seminário sobre técnicas de exames periciais em vítimas de feminicídio. Na ocasião, cinco palestras abordaram temas relacionados a procedimentos operacionais e de identificação civil, criminal e necropapiloscópica aplicados aos crimes de feminicídio. O treinamento foi realizado no auditório da Secretaria de Defesa Social, no bairro de Santo Amaro, Recife.

O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antonio de Pádua, esteve presente no seminário e destacou as conquistas que a Gerência Geral de Polícia Científica vem alcançando ao longo dos anos. “Encerramos este ano com uma semente plantada, que é a interiorização da Polícia Científica no Estado de Pernambuco. Até há pouco tempo, só tínhamos unidades de atendimento aqui em Recife, e era preciso avançar, porque a Polícia Científica anda junto com a Justiça, com a Polícia Civil e tem papel fundamental nas investigações. Para inaugurar as novas estruturas precisávamos garantir as nomeações do concurso que já estava em andamento, a fim de ter profissionais aptos a trabalhar no interior, o que foi feito. Enfim, 2018 foi um ano muito produtivo, e agora a nossa missão é consolidar o que já conquistamos”, afirmou.

A Gerente Geral de Polícia Científica, Sandra Santos, também ressaltou os investimentos na Polícia Científica implementados este ano. “Os avanços decorrem principalmente da sensibilidade da gestão da Secretaria de Defesa Social, que sempre apoia os nossos projetos e nos ajuda a vencer os desafios que rotineiramente aparecem. Hoje, nós nos reunimos não apenas para debater sobre técnicas de perícias, mas também para comemorar o nosso crescimento este ano e para estabelecer novas metas a serem alcançadas”, salientou.

O perito criminal do Instituto de Criminalística Diego Leonel palestrou sobre “Procedimentos Operacionais Padrão em Local de Crime de Feminicídio” e destacou a importância de os institutos da Polícia Científica trabalharem de maneira integrada. “A unicidade do nosso trabalho traz a celeridade necessária para evitar a impunidade. Quanto mais rápido descobrimos quem cometeu o crime e como este foi praticado, mais provas robustas conseguimos colaborando na identificação de suspeitos. Esta é a resposta que a sociedade espera da nossa atuação”, enfatizou o perito.

Já o médico legista Mauro Catunda, do Instituto de Medicina Legal, ministrou a palestra “Procedimentos Operacionais Padrão em Perícias Médico-Legais em Crimes de Feminicídio”. Segundo o médico, o papel do IML é interpretar os vestígios de crimes em corpos, pois não basta determinar a causa da morte da vítima – é fundamental ter conhecimento de quem ela era e a motivação da sua morte. Por essa razão, conforme o legista, é imprescindível a interação com os outros institutos, a fim de que a perícia seja completa.

“Muitas vezes precisamos ter um olhar mais minucioso para conseguir identificar os sinais que levam à interpretação de que se trata de um crime de feminicídio. O corpo pode ter marca de instrumentos perfuro-cortantes utilizados em ambientes domésticos, ou marcas de esganadura, ou ainda outros sinais que evidenciem a motivação do crime. Quando a Polícia Civil nos informa que há uma suspeita de que se trata de um feminicídio, temos um cuidado ainda maior em encontrar as evidências. Por esta razão, trabalhar de forma integrada é o meio mais eficaz para a elucidação desse tipo de crime”, defendeu Mauro Catunda.

O treinamento também contou com a participação da perita criminal Liana Melo, do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, e da perita papiloscopista Ivoneide Constantino, do Instituto de Identificação Tavares Buril.

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